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26 julho 2011

A HISTÓRIA DA ÁGUIA

Este texto está circulando pelo Internet. Talvez você já o tenha visto. Não sei se é verdade científica, se não, mas isso não é importante. Importante é a mensagem que o texto traz. Particularmente recebemos isso de uma amiga do Recife, a Simone.

DSC0116web50“A águia é a ave que possui maior longevidade da espécie. Chega a viver setenta anos. Mas para chegar a essa idade, aos quarenta anos ela tem que tomar uma séria e difícil decisão.

Aos quarenta ela está com as unhas compridas e flexíveis, não consegue mais agarrar suas presas das quais se alimenta. O bico alongado e pontiagudo se curva. Apontando contra o peito estão as asas, envelhecidas e pesadas em função da grossura das penas, e voar já é tão difícil! Então a águia só tem duas alternativas: Morrer, ou enfrentar um dolorido processo de renovação que irá durar cento e cinquenta dias.

Esse processo consiste em voar para o alto de uma montanha e se recolher em um ninho próximo a um paredão onde ela não necessite voar. Então, após encontrar esse lugar, a águia começa a bater com o bico em uma parede até conseguir arrancá-lo. Após arrancá-lo, espera nascer um novo bico, com o qual vai depois arrancar suas unhas. Quando as novas unhas começam a nascer, ela passa a arrancar as velhas penas. E só cinco meses depois sai o formoso vôo de renovação e para viver então mais trinta anos.

Em nossa vida, muitas vezes, temos de nos resguardar por algum tempo e começar um processo de renovação. Para que continuemos a voar um vôo de vitória, devemos nos desprender de lembranças, costumes, velhos hábitos que nos causam dor. Somente livres do peso do passado, poderemos aproveitar o resultado valioso que a renovação sempre nos traz.”

A mensagem, embora pareça, não é uma condenação à Tradição; desprender de lembranças, costumes, velhos hábitos… peso do passado, não se referem à Tradição. Mas muitas vezes a Tradição é imposta como peso, como fardo, ao invés de ser apresentada como riqueza e memória saudável de uma comunidade.

Arrancar as unhas, o bico, as velhas penas”, não é ficar sem bico, sem unhas, sem penas, mas o mesmo bico se renova, as mesmas unhas e penas surgem como novas. A águia não deixa de ser quem é, mas se renova em si mesma, na sua mesma identidade – agora renovada e fortalecida.

Assim é a Igreja, ou deveria ser: renovar-se em si mesma, sem destruir sua memória, sua identidade; mas reafirmando-se diante do mundo onde está inserida como testemunha do Amor e Reinado de Cristo, anunciando profeticamente o Reino de Deus e sua Justiça. Atualizando a Tradição para falar ao tempo presente.

Rev. Luiz Caetano, ost +

Rev. Daniel, ost diac.

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