(Leia em tua bíblia: Evangelho de João 11.1-45)
Forte é a morte, que tem o poder para privar-nos do dom da vida. Forte é o amor, que tem poder para restituir-nos o gozo de uma vida melhor. (Balduíno, Tratado 10 )
No tempo de sua caminhada conosco, Jesus manifestou, muitas vezes, por ações e palavras, a grande esperança da vida que ele vinha oferecer a todas as pessoas. Ele aparece nos Evangelhos como a única luz capaz de esclarecer as nossas dúvidas em torno da morte. Algo que é uma certeza de cada um de nós.
A ressurreição de Lázaro é o sinal mais concreto para afirmar que Ele veio para que tenhamos vida, mas vida em plenitude. Nesta passagem, encontramos Jesus indo ao encontro do amigo morto, para exatamente dizer que a morte não é um fim em sim mesma, mas que pode ser vencida pelo gesto de esperança e amor Nele. É isso que Ele faz com Maria e Marta. Tristes com a morte do irmão e com medo do futuro. Por isso Cristo vai consola-las, mais dizer: “Todo aquele que vive e crê em mim não morrerá jamais”!
Através de Sua vida, morte e ressurreição, Ele revela-nos que não somos feitos para “morrer eternamente” e sim “viver eternamente” ou “viver em plenitude”; e não podemos ficar indiferentes diante dos atentados contra a vida, seja qual for, tão frequentes em nossos dias. Entendendo isso, o teólogo Harvey Cox – no seu livro “A Festa dos Foliões”, mostra como a explosão de vida e alegria se relaciona com a fé, a esperança e o amor...
Em certo sentido, nossas indignações contra morte são justas: manifestam-se nas profundezas de nosso ser, de onde brota a convicção de que a vida é algo muito precioso que não pode ser destruída sob qualquer pretexto.
Nossa esperança cristã não deve e não pode ser a de quem aguarda como simples espectador, que espera de braços cruzados algo acontecer, mas de mangas arregaçadas, para agir em Cristo na reconstrução de uma vida de esperança, mais digna e justa para todos.
Por isso o compositor Gonzaguinha numa inspiração, que só pode ser cristã, fala em sua canção:
Viver e não ter a vergonha de ser feliz, /Cantar e cantar a beleza de ser um eterno aprendiz. / Eu sei que a vida podia ser melhor – e será! / Mais isso não impede que eu repita: É bonita, é bonita, é bonita!
Rev. Daniel Rangel, ost+
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