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28 junho 2017

Cem anos de presença episcopaliana em Santa Teresa

Templo paroquialEm agosto próximo nossa comunidade celebra o centenário da presença de nossa denominação em Santa Teresa. Aqui viemos, em 1915, através do Rev. Meen, a convite do Dr. Francisco de Castro Junior, para atender pastoralmente os internos da Assistência de Santa Teresa, obra social fundada pelo Dr. Francisco servindo pastoralmente às pessoas, pobres em sua quase totalidade, enfermas de tuberculose e febre amarela que, à época, assolavam o Rio de Janeiro.

Em 12 de agosto de 1917, o Bispo Kinsolving visitou a pequena comunidade nascida a partir do ministério do Rev. Meen junto aos enfermos e suas famílias. Na ocasião, o Bispo recebeu à Comunhão da Igreja 53 pessoas. E declarou organizada a Missão São Paulo Apóstolo. Você pode ler mais sobre a história em nossa página web (ver final deste artigo1).

Passados 100 anos, temos hoje o desafio de refletir sobre o significado desta Igreja no nosso Bairro. Começamos como uma pequena comunidade de serviço, e assim fomos na maior parte do tempo até hoje: uma igreja engajada no bairro, envolvida com suas causas e necessidades, testemunhando a ação de Deus no mundo através de Jesus, o Cristo.

Temos um belo templo, mas de caríssima manutenção, e a pequena comunidade paroquial não consegue atender às necessidades da manutenção e conservação do templo. E não temos visto, por parte da comunidade do Bairro uma real preocupação com isso, sempre na fácil e falsa ilusão de que somos a “igreja da Rainha da Inglaterra”, apesar de todos os nossos esforços em informar que não temos nada com a Inglaterra, sua Igreja, e a Rainha; apenas fazemos parte da Comunhão de Igrejas unidas pela Fé comum à Igreja da Inglaterra e a uma família de Igrejas Nacionais, Autóctones e Autônomas denominada Comunhão Anglicana, o que não significa que somos mantidos por essa Comunhão.2

Poucas pessoas no Bairro nos apoiam realmente com recursos para obras de manutenção, algumas até com grandes sacrifícios mas boa disposição. Mas, apesar disso, temos sido um espaço aberto a várias iniciativas em favor do bairro, e muitas ações hoje existentes em Santa Teresa nasceram ou ainda acontecem sob o guarda-chuva da nossa Paróquia.

A reflexão a ser feita é como continuar em Santa Teresa sem os recursos para garantir a manutenção do ministério da comunidade e sua infraestrutura. Talvez seja tempo de mudar nossa maneira de existir aqui e olharmos para novos paradigmas que desafiam a Igreja de Cristo hoje.

Rev. Luiz Caetano, ost+

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1. Nossa História na página web da Paróquia: https://spapostoloepiscopal.wixsite.com/paroquial/blank-uic7m

2. Para entender a relação entender as Igrejas da Comunhão Anglicana, veja neste blogue, o artigo:

A Paróquia São Paulo Apóstolo, a Igreja Anglicana e a Rainha da Inglaterra

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03 junho 2017

O Tempo de Pentecostes

Pentecostes 8A Festa de Pentecostes celebra o início da Missão da Igreja, a partir do momento em que os discípulos e discípulas de Jesus, escondidos e com medo, recebem o Espírito Santo e dão início à Proclamação do Evangelho, a Boa Nova de Deus em Cristo.

A Festa de Pentecostes acontece 9 dias depois da Festa da Ascensão do Senhor, e inicia o Tempo Litúrgico da Igreja, quando as comunidades acompanham as narrativas dos Evangelhos sobre o Ministério de Jesus, como inspiração para o ministério missionário de Proclamar a Boa Nova, denunciar as ações diabólicas que ocorrem pelo mundo e testemunhar a Paz e a Justiça proclamando o Reinado de Deus. O Tempo depois de Pentecostes, também chamado Tempo Comum, termina na Festa de Cristo Rei, considerado o último domingo do ano litúrgico, que antecede o Domingo do Advento quando, então, reinicia-se o ano litúrgico.

O povo hebreu celebrava a festa da Colheita, o hag haqasir, sete semanas depois da Páscoa, e também como memória do dia em que Deus entregou a Moisés as Tábuas da Lei. Esse é o sentido original da festa de Pentecostes, celebrado no judaísmo dos tempos de Jesus.

A Igreja Cristã celebra nesse dia a vinda do Espírito Santo aos discípulos e discípulas de Jesus, dando início à pregação do Evangelho, a colheita da semeadura feita por Jesus... É a fundação da Igreja, não como instituição, mas como movimento que vai se expandir pelo Império Romano nos séculos seguintes e até mesmo para além dele.

Portanto, o Pentecostes nos convida a renovar nosso compromisso com a Missão (anúncio, denúncia e testemunho), essência do ministério que recebemos, por obra do Espírito Santo, em nosso Batismo. A Igreja, os discípulos e discípulas de Jesus saem com Ele pelo mundo, pelo poder do Espírito Santo, anunciando o Reinado de Deus, denunciando os poderes malignos e testemunhando a misericórdia e a graça infinita de Deus em Jesus, o Cristo.

Nos domingos durante o Tempo de Pentecostes, este ano as leituras estão focadas no Evangelho de São Mateus (Ano A cf. nosso Lecionário). Que esta caminhada nos ajude, pelo poder do Espírito Santo, como comunidade de Cristo, que sejamos renovados e assumamos com mais esperança e dedicação o compromisso com o Reinado de Deus, renunciando todos os demais reinos deste mundo.

Rev. Luiz Caetano, ost+

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