Hoje em dia o adjetivo “evangélico” está substantivado, como identidade de grupos religiosos dos mais diversos, todos se afirmando “cristãos”, embora grande parte deles não professa exatamente a Fé Evangélica Cristã.
Entretanto, o desgaste sofrido pelo adjetivo “evangélico” leva as pessoas a pensarem que “ser evangélico” é exatamente ter a prática religiosa desses grupos, especialmente aqueles grupos em que a Graça e a Bênção são substituídas pela prosperidade material, pela compra de bênçãos e pela idolatria de seus líderes.
Em poucas palavras, de forma bem resumida, é bom lembrar que o adjetivo “Evangélica” foi atribuído por Martilho Lutero quando – excomungado pela Igreja de Roma – definiu seu grupo como Igreja Evangélica, não em oposição à Igreja Católica, mas afirmando a identidade de uma Reforma que deveria fazer a Igreja retornar sua confessionalidade à afirmação dos valores do Evangelho: a salvação pela Graça e pela Fé, e total obediência ao senhorio de Cristo, sempre com base nas Escrituras.
Aliás, “católico” e “apostólico” são outros adjetivos que foram substantivados como nome de Igreja ao invés de serem entendidos como qualidade universal da Igreja que vem dos Apóstolos; nesse sentido, todas as Igrejas que mantém seu vínculo histórico com o cristianismo primitivo, são católicas e apostólicas! Inclusive a Igreja Evangélica que surge a partir do pensamento de Martinho Lutero! e a maioria das Igrejas vindas do movimento da Reforma do Século XVI e, obviamente, as Igrejas Orientais, também conhecidas como Ortodoxas.